A tradicional coxinha foi, como sempre, o palco escolhido para recepcionar mais uma celebridade intergalática que veio de um mundo distante para nos prestigiar em nossas incursões bicicletícias. Dessa vez o convidado ilustre foi o executivo André Mariz, alto (não em estatura) funcionário de uma multinacional americana líder mundial em equipamentos de diagnóstico por imagem e responsável, na via láctea, por sua divisão de saúde da mulher. Mariz, acostumado a frequentar mega resorts 7 estrelas na Áustria, Noruega, Finlândia, Ilhas Fiji e Berverly Hills, ficou hospedado no "espartano" Blue Tree Towers de nossa cidade de tal sorte a exercitar sua humildade e o desapego da matéria. Dando continuidade ao processo de elevação espiritual pela autoflagelação ele abdicou da equipe de 14 seguranças, da Masserati blindada e do dublê a que tem direito e decidiu nos acompanhar nesta manhã de sábado ensolarada.
Rogério das Neves o pobre, digo, fotógrafo, estava trabalhando no sábado e não pôde nos acompanhar. Rogério pedreiro, por sua vez, nos disse na sexta a noite que "Conforme for ele vai com a gente" e que daria a resposta no mesmo dia. Passadas quase 48 horas do convite ainda aguardamos a resposta ansiosamente. Assim sendo, somente eu e meu fiel escudeiro zelador tivemos a honra de acompanhar vossa majestade no pedal.
Seria a oportunidade para comprovar se Mariz, que diz estar treinando com regularidade para a Corrida de São Silvestre, está de fato condicionado fisicamente. Ele, que jamais havia pedalado em sua existência, seria submetido a uma prova de fogo.
Embora dezembro seja uma época tradicionalmente de muita chuva por aqui, particularmente nesse sábado o sol brilhou pujante, valorizando a bela paisagem e castigando sobremaneira o visitante celebridade. Como tive que buscá-lo no hotel (totalmente fora do caminho) e também ao folgado zelador, começamos bem tarde os trabalhos. O que a gente não faz pelos amigos... Partimos quase 9h da tarde com o sol castigando nossas carcaças.
Residente em São Paulo, André sentiu sérias dificuldades em respirar o ar puro e se estressou com o silêncio do local e o canto dos pássaros, mas com o auxílio de uma equipe de psicólogos e psicoterapeutas, que ele não abdicou, conseguiu aos poucos superar condições tão adversas de vida e teve êxito na atividade de pedalar junto a natureza. No começo se queixou um pouco do banco duro da bike mas uma frase sábia de Rômulo o fez pensar:
"Você já sentou em coisa muito mais dura, rapaz... Esse banco é moleza demais"
Depois de refletir sobre os ensinamentos de Rômulo Zelador, Mariz não mais se queixou e logo abstraiu da dor que massacrava suas entranhas.
Ponto de partida
Feliz ele... Mal sabia o que viria pela frente
Tudo vale a pena por um sorriso...
Clima de descontração
Nosso astro tentando mostrar disposição
A primeira subida forte
De frente até engana... De trás não engana ninguém (uhaahauha)
Primeiro reparo na bike de Mariz. Sem freio na descida. Bobagem...
Magrela gentilmente cedida pelo cabeção
Valeu Costinha!
Mijada I
Apresentamos essa estranha forma de vida a André
Assim Napoleão perdeu a guerra, a dignidade e o sétimo anel anal
Estacionamento de nossos veículos
Rumo a lanchonete
Lugar horroroso
Arghhhh!
Enxame de Bovinos
Pausa para o lanche
Foto para posteridade
Subida onde o Sr. de barba branca geralmente é avistado
Curva do S
Valente o menino. Surpreendeu.
Não vou dizer nada
Mariz indo
Bela paisagem
Fotos de surpresa sempre mostram as barrigas da galera
Mijada II
Bebe água miserável!!
Mijada III
Lobis Rômulus
Strip de horror
Ué, cadê aquela barriga da outra foto?
Flagrante de envolvimento com Cachoeira
O cansaço já assolava nossos amigos
Na pior subida de todas...
Ele não decepcionou!
Glamour
Saboreando a sofisticação da culinária rural
Acostumado a comer todos os dias lagosta e caviar, se atrapalhou todo com a coxinha
Troféu
Minha magrela
Olha a felicidade desse homem com um simples líquido amarelo
A chegada. Cadê aquele sorrisão da partida?
Apesar das dificuldades climáticas, completamos o percurso de 29 km em 3h47m19s, quase 2 horas a mais que o normal, mas tudo bem. O que vale é poder desfrutar da companhia dos amigos.