domingo, 25 de setembro de 2011

Coxinha (extended) - 24 de setembro



Motivado pela expectativa acerca dos pneus 2.35 (de trator) que coloquei na magricela, queria testá-la numa trilha já conhecida para avaliar os mitos e verdades dos efeitos da maior superfície de contato em veículos de duas rodas não motorizados, uma vez que já conhecia bem seu comportamento com os pneus 1.95 antigos. Impossibilitados de nos acompanhar por motivos diversos, os Rogérios 1, 2 e 3 perderam uma das melhores trilhas, ou no jeito Hyundai de ser, a me-lhor tri-lha do mun-do!!: A trilha da coxinha! Restando somente eu e Joseph Ladorf (zelador), saímos do Portal II as 7:15 da madrugada na viatura nipônica rumo ao posto Sobrado, distando aproximadamente 30 km de nossa origem. As 7:57 começamos o pedal dominical. No começo tudo é festa... Já tinhamos feito essa trilha 2 vezes e decidimos fazer, a princípio, algumas "pernas" a mais no percurso para estender a pedalada, que originalmente teria 28 km. Na primeira parada, dessa vez subimos um pouco mais e chegamos no alto do morro para bater umas fotos e descansar. Que merda! Parecíamos um casal gay em lua de mel, mas, enfim, tiramos várias fotos da paisagem exuberante que nos circundava. Daquele ponto decidimos fazer a primeira "perna" do percurso antes de continuar o caminho original. Passamos por um riacho onde o zelador se viu obrigado a dar um mergulho para se refrescar e continuamos. Uma subida de aproximadamente 77 graus nos aguardava. Sim, os pneus mais largos dão mais aderência em função da maior área de contato (assim como absorventes femininos), mas também em função dessa mesma aderência deixam a bike mais pesada. E nas subidas de 77 graus digamos que estas ficam ligeiramente (puta que pariu, caralho, merda, porra, cacete!) mais pesadas. Mas seguimos até avistar Senador Canedo ao longe. Decidimos então voltar e retomar o percurso normal da trilha, lembrando que essa "perna" acresceu 12 km ao percurso. De volta ao trecho original, uma subida sem fim me fez descer da bike, sentar no chão, beber 1 litro de água e repensar a vida, ou o que restava dela naqueles minutos... Experiências de quase morte são interessantes mesmo. Aquele túnel, luzes coloridas, flashes da vida, o senhor de barba branca, enfim, foi legal. Recuperado, seguimos adiante. Não estava fácil dessa vez, tanto pra mim como para o zelador, e decidimos não fazer mais nenhuma "perna" ao percurso. Pedalamos mais um monte e chegamos então ao buteko da coxinha, que dá nome a trilha, e saboreamos o tradicional lanche podreira: Coxinha de frango feito de massa de mandioca acompanhada de uma coca estúpida. Após um bom descanso, seguimos de volta ao posto Sobrado para encerrar os trabalhos bicicletícios do dia, sem quedas (YES WE CAN!). Um total de 40 km percorridos exclusivamente na terra nos mostraram que essa brincadeira não é pra qualquer um. As magrelas ficaram totalmente cobertas pela poeira e desreguladas, mas valeu a pena de verdade.














sábado, 17 de setembro de 2011

Trilha do Mocó - 17 de setembro



Mocó... Assim é chamado o latifúndio dos Melgaço em Teresópolis de Goiás, a cerca de 40 km de Goiânia. Pois bem, hoje a trilha teve como base de partida e chegada o Mocó. Rômulo (zelador) e família pernoitaram por lá na sexta-feira (16/09) e por isso eu e Rogério (desse vez o Neves) tínhamos que chegar cedo para começar logo o pedal. Após (mais) uma noite de insônia, saí de casa as 6:45h. Desfalcados de Rogério Barbosa, que tinha que jogar futebol nessa manhã e está se preparando para uma viagem de uma semana para Rondônia, peguei o Rogério (Neves), no bom sentido, as 7:00h da madrugada, amarramos as magrelas na viatura e rumamos para o Mocó. Lá chegando, às 8:13h, fomos recepcionados pelo zelador que, ansioso, já havia executado uma série de serviços gerais na sede do latifúndio. Essa trilha já tinha sido feita pelo zelador e Rogério no passado, mas eu ainda não a conhecia. Dessa vez levei uma câmera fotográfica decente para que o registro do passeio fosse feito de forma adequada e com riqueza de detalhes. Mal sabia eu o que aconteceria... Iniciamos nosso pedal as 8:35h.


Passamos pela sede da fazenda Santa Branca e fizemos a primeira parada, onde algumas fotos foram tiradas, incluindo a de uma estátua de um índio nu (com a genitália de fora – sim, pleonasmo, eu sei!!), que o zelador insistentemente quis posar ao lado. Tudo bem... Embora não concorde com essa orientação sexual dele tenho que respeitá-lo, pois ele é, de fato, meu amigo. 



Seguimos e logo logo o zelador, que há muito estava acordado e também executara diversos serviços, já tinha fome. Dessa vez ele esqueceu a pochete de croche, do tamanho de uma mala, que o acompanha sempre e infelizmente não pudemos saborear lanches sortidos e adequados à prática do ciclismo que saltam daquele reservatório a cada parada, tais como farofa de carne de sol, feijoada, rapadura, feijão tropeiro, galinhada, dobradinha, arroz com pequi e outras iguarias igualmente leves, não perecíveis e práticas de serem consumidas sob forte calor e no meio da estrada. Mais fotos... Paisagens, gado, gente pulando a cerca, sessão urina, etc. 







Seguimos em frente rumo ao desconhecido, pelo menos pra mim. Paisagens exuberantes, sedes de fazendas e muita, mas muita poeira, acompanhadas de subidas um tanto quanto íngremes (pra não dizer “do caralho, porra, puta queo parao!!”). Um pequeno trecho de asfalto na rodovia GO-222 nos aguardava. Ainda pedalando sobre a castigada camada asfáltica, tivemos que fazer um pequeno desvio por uma ponte improvisada dentro de uma fazenda, já que a ponte da estrada tinha caído recentemente (cerca de 18 meses). Para aqueles que quisessem utilizar o desvio havia cobrança de pedágio para carros e motos. Felizmente bicicletas eram isentadas da extorsão, digo, taxa de travessia. De volta ao trecho de terra, fui surpreendido por um pneu furado. Gente, é muito gratificante ver a cara do zelador na expectativa de prestar serviços. Ele abriu um baita sorrisão quando viu aquele pneu furado e em menos de 12 segundos já havia virado a bike, tirado a roda, sacado a câmara de ar reserva e iniciado os trabalhos de manutenção.


Trabalho em vão! A famigerada câmara de ar reserva tinha mais 4 furos os quais não permitiam que todo o ar insuflado para seu interior pela bomba, através de 1856 bombadas inócuas, lá permanecesse, elevando a pressão da câmara interna e mantendo o pneu em condições de rodagem no terreno acidentado. Recorremos a um remendo chinês fornecido gentilmente, ao custo de R$ 45,00, pelo Rogério. Feito o remendo prosseguimos nosso percurso. De ótima qualidade, o remendo de procedência asiática conseguia manter o pneu cheio por cerca de 2 minutos. Resultado: a bomba nunca foi tão exigida em sua existência. PQP!!! Parar toda hora pra encher o pneu já tava enchendo o saco, em que pese a cacofonia e o uso excessivo de trocadilhos. A poucos quilômetros da chegada fui presenteado por (mais) um tombo, dessa vez numa pequena vala, em função da ainda pequena habilidade com os pedais de encaixe. Clamei por socorro. Os amigos vieram imediatamente... Não exatamente para me socorrer, mas para tirar dezenas de fotos daquela situação vexatória.


Ok, refeito do acidente, prosseguimos rumo ao Mocó, que nos esperava com um banquete digno de nota: Cortes assimétricos de Galináceo recozido em molho de ervas finas (frango com açafrão), arroi blanq (arroz branco), pudim salgado de milho cremoso batido (Angu) e frutos tropicais do cerrado (pequi). Missão cumprida!!! Total do percurso: 39 km. Tempo de pedal: 3h41m05s.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Senador Canedo no 11 de setembro


Domingão, 11 de setembro, aniversário de 10 anos dos atentados às torres gêmeas... Dia perfeito para pedalar: Calor dos infernos e umidade do ar baixíssima. O zelador chegou as 7:00h e saímos do Paris as 7:10h. Encontramos o Rogério (dessa vez o Barbosa), devidamente caracterizado, as 7:15h na entrada da Católica e partimos rumo a Senador Canedo. A idéia era ir até o inédito e nada batido posto Barcelona e voltar. Curioso como tem sempre um Rogério diferente pedalando com a gente. Caraca! Ok, fomos. Rapidão chegamos no condomínio mansões Morumbi, onde uma pausa para o marmitex fibroso e a hidratação generosa se fez necessária. Mais um pouquinho e chegamos no Barça, após saborear doses importantes de poeira. Para se ter uma idéia da poeira, minha cutis afro-nórdica encontrava-se marrom. O lanche podreira da vez era o tradicionalíssimo enroladinho de queijo + cocão 2.0, que foram devorados rapidamente e gentilmente patrocinados pelo Rogério. Estava muito fácil e então decidimos alterar o trajeto, fazendo a volta via Senador Canedo, passando pelos condomínios de chácaras e por uma estrada de terra depois de SC. Dessa vez fizemos o registro em 3 belas fotos, utilizando-se a moderna câmera do meu celular de aproximadamente 0,34 Mega pixels. Era o que eu tinha. O momento tenso dessa vez ficou por conta de um chevetão caramelo, ano 1982, série Durepoxi Plus, com alguns indivíduos não muito amistosos, que passou por nós algumas vezes e parou logo a nossa frente. Enquanto redigíamos nossos testamentos e nos despedíamos uns dos outros o veículo resolveu ir embora, para o nosso alívio completo e também de nossas cuecas fartamente umedecidas pelo excremento do medo. Após algumas subidas filhas da puta, digo, muito difíceis, chegamos por trás do Portal do Sol, deixamos o zelador e seguimos, eu e Rogério, para nossos destinos. 53 km feitos em 3 horas, 46 minutos e 34 segundos. Takeo... Putakeo parao!! Mais uma vez o sentimento de missão cumprida, aliás, comprida... comprida demais, foi saboreado.



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Trindade no 7 de setembro


Encontrei o zelador Rômulo em frente ao posto Alpha as 7:15h daquela manhã quente de quarta-feira, feriado de 7 de setembro. Não pude conter o trocadilho infame: Tem posto atrás? Depois dele responder afirmativamente, rumamos sentido Flamboyant munidos de recursos tecnológicos de precisão de propriedade do zelador: um mapa impresso no Google maps com anotações feitas a caneta da suposta rota que nos levaria ao munincípio de Trindade e nada mais! Como nosso amigo guardava o mapa em seu cofre suado, a cada sacada do mapa para consulta este estava cada vez mais borrado e aos pedaços. Pedalamos 61 km entre asfalto, ruas, estradas, terra, barro, trilhas, cemitério de automóveis, vilarejos e belas paisagens. Vale destacar o momento tenso do passeio ao passarmos por uma estradinha de terra deserta onde foram aparecendo algumas carcaças de veículos incendiados. O trajeto escolhido foi de extrema utilidade no quesito conhecimento geográfico, pois estivemos em bairros pouco conhecidos como Vila Jurema, Jardim das Varejeiras e Setor Vilma Cavucão. A tradicional parada para o lanche podreira ocorreu em Trindade, onde foram consumidas uma coxinha macabra e uma coca-cola estupidamente gelada. Antes disso nosso amigo passou na farmácia para comprar um dorflex, mas aproveitou também a promoção da corega plus e emplastro sabiá supositório. Na chegada a nosso destino, a fazenda da família Portugal, o Zé (lador) ainda tomou banho de pivô de irrigação na chegada na entrada. Memorável!! Informações úteis: Tempo total de pedal: 4 horas, 1 minuto e 4 segundos; Velocidade média: 14,6 km/h; Velocidade máxima: 50,1 km/h (uau!); Calorias gastas: 1591 cal, gerando um saldo positivo de 191 cal, já que a coxinha maldita tinha 1400 cal; Frequência cardíaca média: 133 bpm; Frequência cardíaca máxima: 173 bpm; Paradas para xixi: 01; Paradas para beber água: trocentas.

O início...(lágrimas)

Após centenas de emails, protestos e muitos pedidos de vários lugares do mundo, resolvi criar este blog para que nossos fãs possam acompanhar mais de perto as aventuras insanas de um grupo de imbecis, digo ciclistas, que nada tendo a fazer aos domingos e feriados, acorda as 5 horas da manhã e sai pedalando 50, 60, 70 km por aí comendo poeira e pegando sol na tampa enquanto pessoas normais dormem e descansam.