domingo, 30 de outubro de 2011

Coxinha do Milhão - 30 de outubro


Guarde esta imagem. Ela sintetiza bem o pedal deste domingo: Fí ofegante, quase morrendo e sempre empurrando a bike nas subidas!

O milionário Leandro Ribeiro (também conhecido como Fí), diretor CEO Presidente da empresa de tecnologia franco-americana Alcatel Lucent (pronûncia: Liukiceunti), estava de bobeira em São Paulo, meio entediado no ambiente de trabalho e decidiu então não trabalhar essa semana. Aproveitou o fato que sua doce Karina iria para o RJ e decidiu vir a Goiânia. Apenas comunicou aquele que deveria ser o seu chefe e ligou o dispositivo “foda-se”. Eu explico: contratado há 22 anos no regime CLT e dono de um salário que faria Eike Batista se sentir um assalariado comum, caso fosse demitido, somente a multa do FGTS levaria a empresa a falência, enquanto o saque do FGTS paralisaria 67,49% dos programas sociais brasileiros financiados por essa fonte de recursos. Alertamos para os seguidores desse blog que isso não deve ser visto como exemplo, pois pode gerar demissão sumária por justa causa. Assim sendo, Fí decidiu visitar os amigos mais pobres que ainda residem em Goiânia. Aproveitando sua visita fizemos o convite para que nos acompanhasse na inédita trilha da coxinha que percorreríamos no domingo, desta vez chamada de coxinha do milhão em sua homenagem. Ele por certo imaginou que ninguém seria louco o bastante para sair pedalando no domingo de madrugada e topou o convite, com a certeza de que um SMS cancelando o programa de índio lhe fosse enviado na noite de sábado. Lêdo engano... Havia o receio do grupo quanto à viabilidade do pedal no domingo em função das fortes chuvas que assolaram a capital goiana na noite de sábado, 29/10. No entanto o altíssimo colaborou, como o faz usualmente, e a manhã madrugada de domingo começou sem maiores precipitações pluviométricas importantes. Saí para buscar o Fí as 6:15h e as 7h nos encontraríamos com Rogério Barbosa e Rômulo zelador Augusto na frente do Paris. Com 4 integrantes, partimos nas respectivas viaturas, cada uma com duas bikes, para o posto Sobrado, ponto de partida do pedal gorduroso de hoje.

 Viatura a caminha do Posto Sobrado

Preparativos para o pedal (1)

Preparativos para o pedal (2)

Confesso que temi pela integridade física do sistema cardiovascular do meu amigo Fí, já que ele encontra-se atualmente sedentário, tendo se cansado apenas com o trajeto percorrido de carro até o posto. Fí estava vestido como um adestrador de marrecos, destoando fortemente dos demais ciclistas que vestiam roupas aberrantes e adequadas a prática do esporte.

Fomos agraciados com uma temperatura amena, céu nublado, mas sem chuva, e brisa leve e refrescante, o que daria sobrevida ao ilustre ciclista iniciante. Esta postagem será a recordista de fotos (comentadas) com o objetivo de testar o saco, digo, paciência, dos nossos milhares de seguidores.

O zelador havia se afogado em cachaça na noite anterior e parecia um tanto quanto sem preparo físico para a atividade. Com 15 minutos de pedal ele já solicitou a primeira parada e sacou suas guloseimas no marmitex amarrado a sua cintura ovóide, as quais foram rapidamente consumidas. Como era de se esperar, um pneu furado (bike Fí) também logo no início para despertar a galera e fazer a alegria do zelador.

Fí contemplativo. Acostumado com SP, estranhou muito o ar puro e o sillêncio do campo.

Pneu furado. Tentei ajudar de forma telepática.

Seguimos nosso caminho e decidimos fazer a primeira parada oficial no alto do morro, aproveitando para descansar e tirar umas fotos. Rogério nos ofereceu um pacote contendo  bananas secas de origem duvidosa. A embalagem macabra parecia conter dedos humanos apodrecidos, ceifados e empacotados. Tenso!

Reunião de cúpula

Fí e seu costumeiro bom humor

Esforço desumano para conseguir retirar a embalagem (dedos humanos)

Esforço desumano para conseguir retirar a embalagem (dedos humanos) - 2

No cocho: Clima de descontração que precedia a subida de 78 graus vindoura

Seguimos nossa jornada após essa pequena pausa. Abaixo seguem fotos que ilustram os acontecimentos seguintes:

Rômulo Augusto demonstrando arrojo e força no pedal. Ao fundo, mas bem ao fundo mesmo, vem o Fï, quase morto, no estilo Picanto automático: devagar e sempre.

Fí descobrindo os encantos do pedal

Fundos Fí de investimento. Aplicação certa. Rentabilidade garantida!

Situação deplorável de nossas estradas. Privatização já!

Serviço de porteiro

Magreza jogou a toalha. Quer moleza? vai dirigir em SP, vagabundo!

Rogério tocando o berrante

Zelador após uma de suas 17 mijadas

Desolação na parada sobre o rio

Disseram que essa foto ficou meio gay e que eu não teria coragem de publicá-la. De forma totalmente imparcial discordo dos demais.

Charme e elegância do nosso modelo, garoto propaganda de churros Paraguaios

Fí já não suportava mais o cansaço quando paramos na estrada, às margens de uma pequena cachoeira para descansarmos e recuperarmos as energias. Fiquei guardando as magrelas enquanto meus amigos, despidos e saltitantes, aproveitavam juntos o banho de cachoeira. Como já dito antes, de acordo com meus preceitos éticos e morais repudio veementemente tal comportamento promíscuo e despudorado, todavia sou obrigado a aceitá-los pois são meus amigos e devo respeitá-los assim como são. As imagens seguintes ilustram o ocorrido.

Reconhecimento de terreno

Estacionamento de magrelas à beira da estrada

Muito legal essa camiseta branca do Fí com o detalhe da Fenix estampado atrás. Deveria ter tirado a camiseta para nadar, não?

Zeladoria seu Creyssom mostrando confiança e descontração com o banho de água congelante que banhava abundantemente seu traseiro flácido

Morreu o desgraçado!

Orgia entre amigos, mas com muito respeito. Não é nada disso que vc está pensando.

Prova cabal que não me envolvo em atividades transexuais

Roupas espalhadas pelo chão.

MonsterQuest: Criatura das selvas fotografada em seu habitat natural

Revigorados os ciclistas seguiram viagem. Fí recuperou as energias no banho de cachoreira e teve fôlego suficiente para mais 500 metros. Aí acabou a força novamente e cada subida era um novo tormento. No entanto, palavras de incentivo proferidas pelos demais, tais como "Se fudeu!!", "Pede pra cagar e sai" e "Morre miserável" o fizeram retomar a confiança e superar as adversidades do percurso. 


Esse é o zelador!! Mata a cobra e mostra o pau.

Réptil ofídio peçonhento encontrado no caminho

Chegamos finalmente ao buteko da coxinha, que dessa vez só tinha quibe disponível. Tá no inferno abraça o capeta, certo? Certo! Devoramos os quibes e fizemos um brinde com um cocão 2.0, comemorando o êxito alcançado em mais uma pedalada dominical.

Zelador no modo garçom ativado

Glamour, versatilidade e os encantos da gastronomia local

Rogério em negociação, ao celular, para dormir pelo menos na sala mediante horário avançado que chegaria em casa


Imagem mais esperada: Análise gráfica do pedal: Topografia x frequênia cardíaca x velocidade. Muito interessante...


Distância total: 29 km
Tempo de pedal: 3h39m04s
Velocidade média: 7,9 km/h

domingo, 23 de outubro de 2011

Terceira Meia Maratona de Goiânia - 23 de outubro


O zelador foi pescar e o final de semana foi marcado pela chuva. Deixei a bike de lado e acabei correndo essa bagaça aí no domingão semi-chuvoso. Resultado: 10 km em 50m50s. Para o nível de treino de corrida que venho fazendo ultimamente (quase nada) está excelente. Frequência cardíaca média de 172 bpm e 754 calorias que se foram. Acho que na quadragésima edição conseguirei fazer os 21 km. Tenho fé!!

sábado, 15 de outubro de 2011

Rota Trindade / Inhumas - 15 de outubro


Sem nenhum Rogério disponível desta vez (Neves furou na véspera e o Barbosa havia viajado para Caldas Novas), eu e zelador tínhamos pela frente um desafio grande para superar: Vencer os 35 km que separam o latifúndio dos Portugal, sito na região metropolitana rural do município de Trindade, até a cidade de Inhumas, rodando boa parte do percurso pelo asfalto dessa vez. O problema é que 35 km x 2 = 70 km. Acordei antes das 5:00h e comecei os preparativos bicicletícios do dia. Como o zelador (não no sentido de comê-lo) já estava na propriedade rural desde o dia anterior, cabia a mim o deslocamento solitário até a gleba lusitana. As 6:30h já me encontrava na estrada a bordo da viatura, acompanhado do altíssimo (sempre) e da magrela, ao som de clássicos do magnífico Back in Black (AC/DC). Adentrei a propriedade por volta das 7:25h da madrugada.

Propriedade Portugal

Propriedade Portugal

O zelador me aguardava para um café da manhã leve e balanceado, cujo baixo teor de gordura sugeria uma visita imediata ao cardiologista. Ometetes de ovos de ornitorrinco caipira com lascas de bacon eram cuidadosamente preparados, acompanhados de um suco de açaí que muito me lembrava o líquido viscoso e lipídico ensebado, de coloração escura, encontrado em caixas de gordura de cozinha.

Início do preparo: Lascas de bacon

Ovos marsupiais adicionados às lascas de bacon

Garrafas de água cheias, pneus calibrados e indumentária completa, partimos rumo a Inhumas. O início dos 12 km de estrada de terra nos brindou com muito barro e possas enormes de lama que eram vencidas bravamente com desenvoltura pelos dois ciclistas. Chegando à rodovia, logo encontramos uma borracharia onde deixamos a câmara de ar furada no pedal anterior para remendar. Rogério pilantra, vc me deve R$ 4,00!

 Zelador em êxtase na borracharia

Ciclistas aguardando o remendo da câmara de ar

Por sorte a rodovia, em processo de duplicação, tinha uma pista pronta, porém não liberada para o tráfego de veículos. Destarte pudemos usufruí-la em nosso trajeto até Inhumas. Na primeira pausa para a merenda o zelador sacou de sua marmita bananas e outras iguarias finas.
Momento de descontração na borracharia

 Novos postos de trabalho: Emprego, dignidade e renda para todos

Primeira parada para lanche (repare o Cherry QQ branco ao fundo)

Zelador fdp e suas brincadeirinhas

E dá-lhe pedal! Sobe morro, desce morro, quase morro e nada de Inhumas. Nosso objetivo parecia não chegar mais nunca até que decidimos perguntar em um posto de combustível a que distância nos encontráva-mos da metrópole. Castigados pelo sol e cansaço, fomos informados que faltavam apenas mais 6 km, e decidimos então seguir em frente. O que seria uma simples flatulência para aquele que já envolto em fezes está? Chegamos então ao nosso destino. Na entrada da cidade o bar Bonito nos acolheu para o lanche podreira da vez. Coke 1.0 + barrinhas de cereal (levadas por mim) + picolé de açaí com Banana, já que os salgados ecológicos (com vários pontos esverdeados) disponíveis para consumo na redoma de vidro aparentavam ali estarem por mais uma semana. Decidimos então evitá-los, receosos que um revertério estomacal pudesse nos acometer no retorno de nossa cruzada. Já pagando a conta o zelador se deparou com um pacote de biscoitos gigantes de polvilho, as famigeradas petas. Seus olhos brilharam e ele não hesitou na aquisição das mesmas para complementar o lanche, sendo que as que sobraram foram devidamente acomodadas em sua pochete de aspirante a assistente de pedreiro (veja foto aterrorizante).


Entrada da cidade. Note o zelador ao lado do pombo gigante.

Lanche podreira light: coca + barras de cereais

Magrelas descansando

Peta mutante com verruga

O Bar Bonito não era tão bonito assim. Acredite.

Glamour, sofisticação...

Zelador levando peta atrás

Refeitos e abastecidos, iniciamos a viagem de volta. PQP!! Parecia que não ia chegar mais nunca. Sobe morro, desce morro, quase morro e sol quente castigando minha cútis afro-dinamarquesa. Já quase chegando ao trecho de terra, nos deparamos com uma barraquinha de caldo de cana. Não teve jeito mermão. Nosso raciocínio: omelete com bacon + suco de açaí + banana + coca-cola + picolé + barra de cereal + petas. O que poderia causar o inofensivo caldo de cana a essa mistura? Claro que nada! E então tomamos 2 copos da bebida glicosídica saboreando as intermináveis petas.

Caldo de cana com petas

Ainda faltavam 12 km a serem vencidos. O zelador decidiu não perder nenhuma poça de lama no caminho, conforme pode ser atestado pelas fotos e vídeo neste blog, e felizmente conseguimos chegar sem acidentes ao final de nossa epopéia. Confesso que torci que ele caísse na lama durante as filmagens, mas tudo bem.

Zelador minutos antes de mergulhar na poça de lama

Travessia


Informações úteis:


Percurso ida e volta: 70 km
Tempo total de pedal: 4h51m
Velocidade máxima: eu 61,7 km/h (maldito pneu de trator!!) / zelador 71 km/h
Calorias perdidas e posteriormente recuperadas com a ingestão de tanta porcaria: 2567 cal