Guarde esta imagem. Ela sintetiza bem o pedal deste domingo: Fí ofegante, quase morrendo e sempre empurrando a bike nas subidas!
O milionário Leandro Ribeiro (também conhecido como Fí), diretor CEO Presidente da empresa de tecnologia franco-americana Alcatel Lucent (pronûncia: Liukiceunti), estava de bobeira em São Paulo, meio entediado no ambiente de trabalho e decidiu então não trabalhar essa semana. Aproveitou o fato que sua doce Karina iria para o RJ e decidiu vir a Goiânia. Apenas comunicou aquele que deveria ser o seu chefe e ligou o dispositivo “foda-se”. Eu explico: contratado há 22 anos no regime CLT e dono de um salário que faria Eike Batista se sentir um assalariado comum, caso fosse demitido, somente a multa do FGTS levaria a empresa a falência, enquanto o saque do FGTS paralisaria 67,49% dos programas sociais brasileiros financiados por essa fonte de recursos. Alertamos para os seguidores desse blog que isso não deve ser visto como exemplo, pois pode gerar demissão sumária por justa causa. Assim sendo, Fí decidiu visitar os amigos mais pobres que ainda residem em Goiânia. Aproveitando sua visita fizemos o convite para que nos acompanhasse na inédita trilha da coxinha que percorreríamos no domingo, desta vez chamada de coxinha do milhão em sua homenagem. Ele por certo imaginou que ninguém seria louco o bastante para sair pedalando no domingo de madrugada e topou o convite, com a certeza de que um SMS cancelando o programa de índio lhe fosse enviado na noite de sábado. Lêdo engano... Havia o receio do grupo quanto à viabilidade do pedal no domingo em função das fortes chuvas que assolaram a capital goiana na noite de sábado, 29/10. No entanto o altíssimo colaborou, como o faz usualmente, e a manhã madrugada de domingo começou sem maiores precipitações pluviométricas importantes. Saí para buscar o Fí as 6:15h e as 7h nos encontraríamos com Rogério Barbosa e Rômulo zelador Augusto na frente do Paris. Com 4 integrantes, partimos nas respectivas viaturas, cada uma com duas bikes, para o posto Sobrado, ponto de partida do pedal gorduroso de hoje.
Viatura a caminha do Posto Sobrado
Preparativos para o pedal (1)
Preparativos para o pedal (2)
Fomos agraciados com uma temperatura amena, céu nublado, mas sem chuva, e brisa leve e refrescante, o que daria sobrevida ao ilustre ciclista iniciante. Esta postagem será a recordista de fotos (comentadas) com o objetivo de testar o saco, digo, paciência, dos nossos milhares de seguidores.
O zelador havia se afogado em cachaça na noite anterior e parecia um tanto quanto sem preparo físico para a atividade. Com 15 minutos de pedal ele já solicitou a primeira parada e sacou suas guloseimas no marmitex amarrado a sua cintura ovóide, as quais foram rapidamente consumidas. Como era de se esperar, um pneu furado (bike Fí) também logo no início para despertar a galera e fazer a alegria do zelador.
Fí contemplativo. Acostumado com SP, estranhou muito o ar puro e o sillêncio do campo.
Pneu furado. Tentei ajudar de forma telepática.
Seguimos nosso caminho e decidimos fazer a primeira parada oficial no alto do morro, aproveitando para descansar e tirar umas fotos. Rogério nos ofereceu um pacote contendo bananas secas de origem duvidosa. A embalagem macabra parecia conter dedos humanos apodrecidos, ceifados e empacotados. Tenso!
Reunião de cúpula
Fí e seu costumeiro bom humor
Esforço desumano para conseguir retirar a embalagem (dedos humanos)
Esforço desumano para conseguir retirar a embalagem (dedos humanos) - 2
No cocho: Clima de descontração que precedia a subida de 78 graus vindoura
Seguimos nossa jornada após essa pequena pausa. Abaixo seguem fotos que ilustram os acontecimentos seguintes:
Rômulo Augusto demonstrando arrojo e força no pedal. Ao fundo, mas bem ao fundo mesmo, vem o Fï, quase morto, no estilo Picanto automático: devagar e sempre.
Fí descobrindo os encantos do pedal
Fundos Fí de investimento. Aplicação certa. Rentabilidade garantida!
Situação deplorável de nossas estradas. Privatização já!
Serviço de porteiro
Magreza jogou a toalha. Quer moleza? vai dirigir em SP, vagabundo!
Rogério tocando o berrante
Zelador após uma de suas 17 mijadas
Desolação na parada sobre o rio
Disseram que essa foto ficou meio gay e que eu não teria coragem de publicá-la. De forma totalmente imparcial discordo dos demais.
Charme e elegância do nosso modelo, garoto propaganda de churros Paraguaios
Fí já não suportava mais o cansaço quando paramos na estrada, às margens de uma pequena cachoeira para descansarmos e recuperarmos as energias. Fiquei guardando as magrelas enquanto meus amigos, despidos e saltitantes, aproveitavam juntos o banho de cachoeira. Como já dito antes, de acordo com meus preceitos éticos e morais repudio veementemente tal comportamento promíscuo e despudorado, todavia sou obrigado a aceitá-los pois são meus amigos e devo respeitá-los assim como são. As imagens seguintes ilustram o ocorrido.
Reconhecimento de terreno
Estacionamento de magrelas à beira da estrada
Muito legal essa camiseta branca do Fí com o detalhe da Fenix estampado atrás. Deveria ter tirado a camiseta para nadar, não?
Zeladoria seu Creyssom mostrando confiança e descontração com o banho de água congelante que banhava abundantemente seu traseiro flácido
Morreu o desgraçado!
Orgia entre amigos, mas com muito respeito. Não é nada disso que vc está pensando.
Prova cabal que não me envolvo em atividades transexuais
Roupas espalhadas pelo chão.
MonsterQuest: Criatura das selvas fotografada em seu habitat natural
Revigorados os ciclistas seguiram viagem. Fí recuperou as energias no banho de cachoreira e teve fôlego suficiente para mais 500 metros. Aí acabou a força novamente e cada subida era um novo tormento. No entanto, palavras de incentivo proferidas pelos demais, tais como "Se fudeu!!", "Pede pra cagar e sai" e "Morre miserável" o fizeram retomar a confiança e superar as adversidades do percurso.
Esse é o zelador!! Mata a cobra e mostra o pau.
Réptil ofídio peçonhento encontrado no caminho
Chegamos finalmente ao buteko da coxinha, que dessa vez só tinha quibe disponível. Tá no inferno abraça o capeta, certo? Certo! Devoramos os quibes e fizemos um brinde com um cocão 2.0, comemorando o êxito alcançado em mais uma pedalada dominical.
Zelador no modo garçom ativado
Glamour, versatilidade e os encantos da gastronomia local
Rogério em negociação, ao celular, para dormir pelo menos na sala mediante horário avançado que chegaria em casa
Imagem mais esperada: Análise gráfica do pedal: Topografia x frequênia cardíaca x velocidade. Muito interessante...
Distância total: 29 km
Tempo de pedal: 3h39m04s
Velocidade média: 7,9 km/h